domingo, 28 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
O rei do blues no Brasil
Mensagem de leitor do Luiz Nassif publicada no blog.
18/03/2010 - 23:00
B.B. King em São Paulo
Por Rubem
Nassif!, vou lhe pedir um favor, que só depende da tua boa vontade. Não é uma viração pro Nestor, mas um trivial pro B.B. King, que aos 84 anos se apresenta mais uma vez no Brasil, e em São Paulo hoje, amanhã e depois.
Mr. King é o Pelé (ou o Luis Gonzaga!) do Blues, mesmo quem não gosta ou não entende nada do gênero, sabe que ele é “o Rei”.
E para mostrar que a conversa de despedida é cada vez mais séria, seu ultimo e ótimo cd se chama One Kind Favor – que tem o duplo sentido de “uma gentileza” e “um favor de tipo único” -, e vem de um verso do grande bluesman dos anos 30, o texano Blind Lemon Jefferson: “tem apenas uma gentileza que lhe peço/cuide para que meu túmulo permaneça limpo” ( See that My Grave is Kept Clean, gravado em 1928).
O tipo de auto-ironia, crua como a própria vida, que, se me permitem, só no Blues.
Para ilustrar, dois videos bacanas, do passado e do presente, e a matéria de hoje da folha.
O Rei do Blues no seu auge, num concerto na África em 1974. No último segundo do vídeo, quem pula da cadeira em êxtase? Ninguém menos que o Rei do Boxe em pessoa, ele mesmo, Muhammad Ali!
B.B. King at his best (Sweet Sixteen)
Esta é do ultimo disco ( One Kind Favor)
See That My Grave Is Kept Clean
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u708605.shtml
18/03/2010 – 11h30
Depois de “despedida”, B.B. King volta a se apresentar no Brasil
VINICIUS MESQUITA
colaboração para a Folha de S.Paulo
B.B. King retorna ao Brasil para uma nova turnê, maliciosamente chamada “One More Time” (ou Mais Uma Vez). Afinal, além de ser o músico fundamental para compreender o blues entre os anos 1940 e os dias de hoje, o guitarrista norte-americano também é um sujeito espirituoso.
Entre novembro e dezembro de 2006, B.B. King veio ao país apoiado em sua campanha pela aposentadoria. Para os fãs, a notícia provocava calafrios, e eles se perguntavam, espantados: “Será verdade? B.B. King, nos palcos, nunca mais?”. Não era bem assim. Zombar da própria despedida parecia fortificar o lendário guitarrista. Oficialmente, aqueles eram definidos como shows derradeiros, mas, entre um comentário e outro, B.B. King gargalhava e deixava escapar: “Não sei… Quem pode dizer o que vai acontecer no futuro?”.
E este “futuro” surpreende até o maior dos otimistas. Para a temporada brasileira 2010, B.B. King reservou cinco datas: esteve no Rio de Janeiro na terça, apresenta-se em São Paulo hoje, amanhã e sábado –há ingressos apenas para o show de hoje, a R$ 950 –e conclui em Brasília, dia 22. A turnê sul-americana ainda prevê espetáculos em Buenos Aires e Santiago. Mas a correria não acaba. Entre abril e novembro, o músico já tem 24 shows agendados: serão 15 espalhados pelos Estados Unidos, oito no Canadá e um no Marrocos. A aposentadoria está distante.
Fazer piadas faz parte do espetáculo de B.B. King. Aos 84 anos (em 16 de setembro, completa 85), frágil e sem o fôlego de 20 anos atrás, ele criou artifícios para não perder o encanto. Entre um dedilhado e outro, costuma parar de tocar para contar histórias dos velhos tempos. Brinca com algum felizardo que esteja próximo ao palco e sorri, sorri muito. O roteiro funciona, mas compromete pelo volume. Entre gracejos e bate-papos, não sobra tempo para muitas canções.
O guitarrista não fala sobre o repertório, mas as músicas do álbum “One Kind Favor”, gravado em 2008 (vencedor do Grammy de melhor álbum de blues tradicional), deve pautar a base de seus shows.
É com este CD que B.B. King rejuvenesceu a ponto de encontrar inspiração para se jogar na estrada. O guitarrista apostou em 12 peças dedicadas ao blues de raiz, sem espaço para as fusões, e se entregou a clássicos nos quais jamais tinha colocado a mão. Foi uma oportunidade para homenagear, por exemplo, os dois ídolos mais importantes do início de sua carreira: Lonnie Johnson (nas composições “My Love Is Down”, “Backwater Blues” e “Tomorrow Night”) e Blind Lemon Jefferson (em “Se That My Grave Is Kept Clean”).
Esta é do ultimo disco ( One Kind Favor) See That My Grave Is Kept Clean
Acompanhe pelo Twitter https://twitter.com/luisnassif
18/03/2010 - 23:00
B.B. King em São Paulo
Por Rubem
Nassif!, vou lhe pedir um favor, que só depende da tua boa vontade. Não é uma viração pro Nestor, mas um trivial pro B.B. King, que aos 84 anos se apresenta mais uma vez no Brasil, e em São Paulo hoje, amanhã e depois.
Mr. King é o Pelé (ou o Luis Gonzaga!) do Blues, mesmo quem não gosta ou não entende nada do gênero, sabe que ele é “o Rei”.
E para mostrar que a conversa de despedida é cada vez mais séria, seu ultimo e ótimo cd se chama One Kind Favor – que tem o duplo sentido de “uma gentileza” e “um favor de tipo único” -, e vem de um verso do grande bluesman dos anos 30, o texano Blind Lemon Jefferson: “tem apenas uma gentileza que lhe peço/cuide para que meu túmulo permaneça limpo” ( See that My Grave is Kept Clean, gravado em 1928).
O tipo de auto-ironia, crua como a própria vida, que, se me permitem, só no Blues.
Para ilustrar, dois videos bacanas, do passado e do presente, e a matéria de hoje da folha.
O Rei do Blues no seu auge, num concerto na África em 1974. No último segundo do vídeo, quem pula da cadeira em êxtase? Ninguém menos que o Rei do Boxe em pessoa, ele mesmo, Muhammad Ali!
B.B. King at his best (Sweet Sixteen)
Esta é do ultimo disco ( One Kind Favor)
See That My Grave Is Kept Clean
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u708605.shtml
18/03/2010 – 11h30
Depois de “despedida”, B.B. King volta a se apresentar no Brasil
VINICIUS MESQUITA
colaboração para a Folha de S.Paulo
B.B. King retorna ao Brasil para uma nova turnê, maliciosamente chamada “One More Time” (ou Mais Uma Vez). Afinal, além de ser o músico fundamental para compreender o blues entre os anos 1940 e os dias de hoje, o guitarrista norte-americano também é um sujeito espirituoso.
Entre novembro e dezembro de 2006, B.B. King veio ao país apoiado em sua campanha pela aposentadoria. Para os fãs, a notícia provocava calafrios, e eles se perguntavam, espantados: “Será verdade? B.B. King, nos palcos, nunca mais?”. Não era bem assim. Zombar da própria despedida parecia fortificar o lendário guitarrista. Oficialmente, aqueles eram definidos como shows derradeiros, mas, entre um comentário e outro, B.B. King gargalhava e deixava escapar: “Não sei… Quem pode dizer o que vai acontecer no futuro?”.
E este “futuro” surpreende até o maior dos otimistas. Para a temporada brasileira 2010, B.B. King reservou cinco datas: esteve no Rio de Janeiro na terça, apresenta-se em São Paulo hoje, amanhã e sábado –há ingressos apenas para o show de hoje, a R$ 950 –e conclui em Brasília, dia 22. A turnê sul-americana ainda prevê espetáculos em Buenos Aires e Santiago. Mas a correria não acaba. Entre abril e novembro, o músico já tem 24 shows agendados: serão 15 espalhados pelos Estados Unidos, oito no Canadá e um no Marrocos. A aposentadoria está distante.
Fazer piadas faz parte do espetáculo de B.B. King. Aos 84 anos (em 16 de setembro, completa 85), frágil e sem o fôlego de 20 anos atrás, ele criou artifícios para não perder o encanto. Entre um dedilhado e outro, costuma parar de tocar para contar histórias dos velhos tempos. Brinca com algum felizardo que esteja próximo ao palco e sorri, sorri muito. O roteiro funciona, mas compromete pelo volume. Entre gracejos e bate-papos, não sobra tempo para muitas canções.
O guitarrista não fala sobre o repertório, mas as músicas do álbum “One Kind Favor”, gravado em 2008 (vencedor do Grammy de melhor álbum de blues tradicional), deve pautar a base de seus shows.
É com este CD que B.B. King rejuvenesceu a ponto de encontrar inspiração para se jogar na estrada. O guitarrista apostou em 12 peças dedicadas ao blues de raiz, sem espaço para as fusões, e se entregou a clássicos nos quais jamais tinha colocado a mão. Foi uma oportunidade para homenagear, por exemplo, os dois ídolos mais importantes do início de sua carreira: Lonnie Johnson (nas composições “My Love Is Down”, “Backwater Blues” e “Tomorrow Night”) e Blind Lemon Jefferson (em “Se That My Grave Is Kept Clean”).
Esta é do ultimo disco ( One Kind Favor) See That My Grave Is Kept Clean
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